30/08/2015

CONHECENDO AS ABELHAS

    Os indivíduos adultos se alimentam geralmente de néctar e são os mais importantes agentes de polinização. As abelhas polinizam flores de cores monótonas, escuras e pardacentas (todos os tipos de flores).
    Uma abelha visita dez flores por minuto em busca de pólen e do néctar. Ela faz, em média, quarenta voos diários, tocando em 40 mil flores. Com a língua, as abelhas recolhem o néctar do fundo de cada flor e guardam-no numa bolsa localizada na garganta. Depois voltam à colméia e o néctar vai passando de abelha em abelha. Desse modo a água que ele contém se evapora, ele engrossa e se transforma em mel. A maioria das abelhas transporta uma carga eletrostática, que ajuda-as na aderência ao pólen.
    As abelhas tem cinco olhos. São três pequenos no topo da cabeça e dois olhos compostos, maiores, na parte frontal.
   Uma abelha produz cinco gramas de mel por ano. Para produzir um quilo de mel, as abelhas precisam visitar 5 milhões de flores e consomem cerca de 6 a 7 gramas de mel para produzirem 1 grama de cera.
   Uma colméia abriga de 60 a 80 mil abelhas. Tem uma rainha, cerca de 400 zangões e milhares de operárias. Se nascem duas ou mais rainhas ao mesmo tempo, elas lutam até que sobre apenas uma rainha. A abelha-rainha vive até 5 anos, enquanto as operárias vivem de 28 a 48 dias.
  Apenas as abelhas fêmeas trabalham. Os machos podem entrar em qualquer colmeia ao contrário das fêmeas. A única missão dos machos é fecundar a rainha. A rainha voa o mais que pode e é fecundada pelo macho que conseguir ir até ela, esse voo se chama: voo nupcial. Depois de cumprirem essa missão, eles não são mais aceitos na colmeia. No fim do verão, ou quando há pouco mel na colmeia, as operárias caem. 
  
Legenda (imagem ao lado)
1 Língua (ou Probóscide)
2 Orifício do tubo excretor da glândula da mandíbula posterior
3 Mandíbula inferior
4 Mandíbula superior
5 Lábio superior
6 Lábio inferior
7 Glândula da mandíbula frontal (glândula mandibular)
8 Glândula da mandíbula posterior
9 Abertura da boca
10 Glândula da faringe
11 Cérebro
12 Ocelos
13 Glândulas de salivares
14 Músculos torácicos
15 Postfragma
16 Asa frontal
17 Asa posterior
18 Coração
19 Estigmas
20 Saco aéreo
21 Intestino médio (intestino quiloso, estômago)
22 Válvulas cardíacas
23 Intestino delgado
24 Tubos de Malpighi
25 Glândulas rectais
26 Bolsa de excrementos
27 Ânus
28 Canal do ferrão
29 Bolsa de veneno
30 Glândulas de veneno
31 Arcos do canal do ferrão
32 Pequena glândula
33 Vesícula seminal
34 Glândulas ceríferas
35 Gânglios abdominais
36 Tubo da válvula
37 Intestino intermédio
38 Copa (entrada do estômago)
39 Bolsa do mel (bucho)
40 Aorta
41 Tubo digestivo
42Cordão neuronal
43 Palpe labia
44 Metatarso






SISTEMA DE DEFESA DAS ABELHAS

    A abelha operária (ou obreira), preocupada com sua própria sobrevivência e encarregada da proteção da colmeia como um todo, tem um ferrão na parte traseira para ataque em situações de suposto perigo. Esse ferrão tem pequenas farpas, o que impede que seja retirado com facilidade da pele humana. 
   Quando uma abelha se sente ameaçada, ela utiliza o ferrão no animal que estiver por perto. Depois de dar a ferroada, ela tenta escapar e, por causa das farpas, a parte posterior do abdômen onde se localiza o ferrão na maioria das vezes fica presa na pele do animal e, em alguns casos, a abelha perde uma parte do intestino, morrendo logo em seguida. Já ao picar insetos a abelha muitas vezes consegue retirar as farpas da vítima e ainda sobreviver. 
   Os órgãos prejudicados das abelhas em caso de o ferrão ficar preso na vitima e levar órgãos juntos variam de intestino até o coração. 
    A ferroada da abelha no ser humano é muito dolorosa, e a sensação instantânea é semelhante a de levar um choque de alta voltagem. Seu ferrão é unido a um sistema venenoso que faz com que a pele da vítima inche levemente na região (cerca de 2 cm ao redor), podendo ficar avermelhada, dolorida e coçando por até dois dias  
     Apesar disso, o veneno (baseado em Apitoxina) não causa maiores danos. Esse veneno é produzido por uma glândula de secreção ácida e outra de secreção  alcalina embutidas dentro do abdômen da abelha operária. O veneno, em concentração visível, é semi-transparente, de sabor amargo e com um forte odor. Pode ser usado eventualmente com valor terapêutico e tem alguns efeitos positivos na região em que foi injetado. O veneno pode ser também um perigo grave ou mortal em grande quantidade para quem é alérgico à sua composição. 
     O "veneno" da abelha é cumulativo, ou seja, depois de entrar no organismo da vítima, não mais é retirado. Levar ferroadas esporadicamente não trará prejuízos, mas pode ser um perigo para quem trabalha em apicultura, pois a Apitoxina causa problemas nas articulações, quando alcança um maior volume no organismo

SORO CONTRA VENENO
O soro contra veneno de abelha é o primeiro soro do mundo contra o veneno de abelhas africanizadas, em especial a Apis mellifera, muito comum no Brasil. Foi desenvolvido pelo Instituto Butantã , cientistas da USP - São Paulo  e UNESP tem a capacidade de diminuir os problemas decorrentes da picada. Uma dose de 20 ml,  resolve 90% destes problemas. É proveniente da tese de doutorado da pesquisadora Keity Souza Santos da USP. O soro é produzido em cavalos e depois purificado. Foram feitos a determinação da estrutura e como agem as 134 proteínas  que compõem o veneno das abelhas.

ABELHA EUROPÉIA
A abelha-europeia (Apis mellifera) é uma abelhas social, de origem europeia, cujas obreiras medem de 12 mm a 13 mm de comprimento e apresentam pelos do tórax mais escuros. Também é chamada abelha-alemã, abelha-comum, abelha-da-europa,abelha-de-mel, abelha-doméstica, abelha-do-reino, abelha-escura, abelha-europa, abelha-preta e oropa.

A abelha comum ocidental é originária da Ásia e da Europa e foi introduzida na América por ingleses e espanhóis. Vive em colónias permanentes, formadas por uma «rainha» ou «abelha-mestra» (no máximo, e excepcionalmente, duas), obreiras (entre 10 mil e 15 mil) e entre 500 e 1.500 zangões que são os machos. As fêmeas diferenciam-se dos zangãos (machos) por possuírem ferrão.

As abelhas vivem em colmeias, que podem ser artificiais ou naturais. Em seu interior, as obreiras usam cera para construir os favos (formados por células em forma de prisma hexagonal), onde armazenam mel e pólen para alimentar tanto as larvas como os insetos adultos.

    A rainha ocupa-se exclusivamente de pôr ovos: cerca de 3 mil por dia. Quando a colmeia necessita de uma fêmea fecunda, as obreiras constroem um alvéolo maior, onde são depositados os ovos fecundados. As larvas desses ovos recebem uma alimentação especial e convertem-se em rainhas.          Como em cada comunidade só pode haver uma rainha, gera-se uma «disputa pelo poder», sendo as vencidas expulsas da colmeia.
    Os zangãos são os elementos improdutivos da colónia, e a sua principal função é fecundar a rainha.
     Normalmente, todos os anos, cada colónia libera um ou mais enxames, sempre contendo uma rainha que se instala noutro lugar, com abundância de flores, onde funda uma nova colónia. É assim que a espécie se propaga. 
      Foi introduzida no Brasil em  1839, para suprir apiários na produção de mel e cera.
      Primeiro de tudo, é importante não apertar a bolsa que as abelhas introduzem em nossa pele quando nos picam, já que se o fizermos o veneno entra em nossa pele.
      Tire a bolsa e o ferrão com uma agulha.
       Se o ferrão estiver preso, tire-o raspando para fora com a borda de um cartão de crédito ou similar. Não use pinças nem faça pressão com os dedos, já que poderá apertar a bolsa do veneno.
       Aplique uma compressa ou gaze embebida em uma solução aquosa saturada com bicarbonato de sódio (substância alcalina) ou coloque sobre a picada uma massa feita com uma colher de chá de bicarbonato e umas gotas de água e deixe que seque.
       Para extrair o veneno que possa ter penetrado na pele, você deverá aplicar na área um cataplasma de argila.
      

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Anthophila


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