08/05/2016

ESPORTE CLUBE INTERNACIONAL HEXACAMPEÃO GAÚCHO 2016

Foto: Felix Zucco | Agência RBS



Por: Leandro Behs
leandro.behs@zerohora.com.br
08/05/2016 - 17h52min | Atualizada em 08/05/2016 - 18h15min




Pela terceira vez na história, o Inter conquistou o hexacampeonato gaúcho. A vitória por 3 a 0 sobre o Juventude, no Beira-Rio, com gols de Sasha, de Paulão e de Gustavo Ferrareis, assegurou ao clube o 45° título estadual — contra 36 do Grêmio. Os demais hexas colorados foram de 1940 a 1945, depois, de 1969 a 1974, e o atual, construído desde 2011. Com um futebol eficiente, o Inter fez o placar e controlou um Juventude, que já havia sido derrotado no jogo de ida, por 1 a 0.

Antes da final, o Inter prestou homenagens ao ex-atacante colorado Larry Pinto de Faria, que morreu na sexta-feira, aos 83 anos, devido a uma pneumonia. Uma placa com a foto do ex-jogador, com os dizeres ¿Obrigado Larry¿, foi instalada na arquibancada inferior. Além disso, todos os jogadores foram para o aquecimento vestindo a camisa 9, com o nome de Larry às costas.

Ainda no começo da tarde, os familiares dos jogadores e dos integrantes da comissão técnica do Inter participaram da concentração final no hotel onde a delegação se hospeda. Depois, todos foram juntos ao Beira-Rio. O clube queria demonstrar mobilização.

Nos telões do Beira-Rio, o clube apresentava a campanha #pelavigésima, em uma referência que a conquista do Gauchão representaria a vigésima taça do Inter em 15 anos — também em uma provocação ao grande rival, cuja última grande conquista, a Copa do Brasil, data justamente de 15 anos atrás. Nas arquibancadas, uma festa em vermelho. Entusiasmados, os torcedores do Inter ostentavam até o placar de Inter e Juventude de 2008: 8 a 1. Com enormes números de papelão, os torcedores pareciam celebrar a conquista de 2016 ainda antes de Anderson Daronco apitar o início da partida. Em papelão também se avistava uma floresta de caixões me azul, preto e branco e em verde e branco, nas arquibancadas.

Quando os times foram a campo e, na inferior, surgiu um escudo do Inter com 20 metros de altura, escudado por faixas em vermelho e branco e bandeiras com as principais taças do clube. O grand finale do pré-jogo se deu no que deveria ser o minuto de silêncio a Larry. De pé, os torcedores ovacionaram a imagem do ex-atacante, que surgiu nos telões do Beira-Rio.

Em campo, o Juventude tentava ser mais agressivo nos primeiros minutos. O time de Caxias do Sul, que estreava novo uniforme, buscava reverter a vantagem colorada ainda etapa inicial. Mas isso durou até 14 minutos. William foi derrubado por Bruno Ribeiro. William — que jogou graças a um efeito suspensivo obtido pelo Inter no STJD — cobrou a falta longe do burburinho de jogadores na área, mas na cabeça de Sasha, que deslocou Elias, abrindo o caminho para o hexacampeonato. Na comemoração, o camisa 9 dançou a ¿Valsa dos 15 anos¿, abraçado à bandeirinha de escanteio.

Com o 1 a 0 do Beira-Rio, agregado ao outro 1 a 0 do Inter sobre o Juventude, o do Alfredo Jaconi, os festejos do Hexa pareciam apenas ter de esperar pelo apito final de Daronco. Mas ainda havia muito jogo pela frente. Aylon quase fez 2 a 0. Na hora de marcar, foi travado. O Juventude tentava reagir. Aos 22, Lucas teve o gol a sua frente. Ele e Alisson, mas o chute saiu alto, por cima.

O pragmatismo de Argel mandava que o Inter voltasse todo para a defesa quando o Juventude atacasse. Como o visitante já estava ligado no modo desespero, e foi à frente, o Inter passou a apostar nos contra-ataques. O primeiro tempo chegou ao fim com um jogo controlado em campo e, nas arquibancadas, a torcida já emprestava ao Beira-Rio ares de Goethe.

Na saída de campo, questionado sobre a irônica dancinha no gol, Sasha respondeu:

— Interpretem como quiserem.

No segundo tempo, o Inter tratava de administrar a vitória. E levou um susto logo aos nove minutos, quando Hugo mergulhou de cabeça e obrigou Alisson a uma defesa de reflexo e de agilidade.

Com dificuldades para atacar, o time de Argel seguia se mantendo firme na defesa e buscando as pontas para voltar ao gol de Elias — sem grande sucesso. Aos 24 minutos, William voltou a atacar. Cobrança de falta da direita, e o camisa 2 do Inter mandou a bola milimetricamente sobre o goleiro Elias e na cabeça de Paulão, que mandou para o gol vazio: Inter 2 a 0, sob os gritos de ¿é campeão¿, das arquibancadas.

Com a conquista assegurada, a torcida colorada se virou para a do Juventude e passou a debochar, aos gritos de ¿eu acredito¿. Ato contínuo, alguns caxienses se revoltaram e passaram a arrancar os assentos de cadeiras e a arremessa-los na direção dos colorados. Depois, torcedores do Juventude partiram para a briga com policiais do BOE.

Em festa, a torcida do Inter passou a cantar alegremente até o número seis, lembrando os seis anos de hegemonia regional. Aos 37 minutos, Ferrareis ainda aparou um cruzamento de Artur e transformou a final em goleada. O término do jogo foi um mero detalhe. A comemoração do campeonato já havia começado nas arquibancadas.





























Galeria especial ZH com fotos de : Felix Zucco | Agência RBS









































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