27/06/2022

HOMENAGEM PÓSTUMA À JOÃO ALBERTO ZAIONDEZ

O MEU AMIGO JOÃO ALBERTO

Alceu van der Sand
    
Conheci João Alberto Zaiondez há cerca de 37 anos atrás. Quando comecei a me relacionar com a família Pacheco namorando a Isabel.

   João Alberto não era homem de muitas letras, mas casado com Suzana, que é professora e alfabetizadora. Ai já começa o paradoxo. Filho de ex- combatente da segunda guerra, orgulhava-se do pai.

  O João, para mim, era um dos mais peculiares representantes do homem da lida pastoril. Minha admiração foi crescendo à medida em que o fui conhecendo mais de perto e percebendo que aquele homem que gostava das lides rudes da campanha, de lidar com o gado, laço, pialo, curar bicheira etc., por outro lado, era um gentleman. Acolhedor, respeitoso, sabia ouvir, interagia de forma sempre agradável.

   O estereótipo do centauro dos pampas se manifestava quando ele montava o Camundongo, o seu cavalo preferido. Quem observava não precisava entender nada de cavalo, eu não entendo até hoje, mas era a olhos vistos a transformação e o prazer que sentia em cavalgar e recorrer o campo. Sorriso aberto, homem e montaria sintonizados entre si e o ambiente.

   Para que você leitor, entenda melhor, de como eu via o João Alberto, faço um comparativo. Ele não gostava do estilo musical de Mano Lima. Sempre repetia isso. E eu, cá com meus botões, sempre pensava: entendo porque não gostas, tu és muito parecido com Mano Lima, a modo de um espelho. Para mim, a música de Mano Lima é uma espécie de depositário cultural de uma determinada linguagem que só existe em alguns ambientes, no caso, o ambiente da pecuária gaúcha. Mantidas as devidas diferenças, João era assim. Tinha tiradas muito próprias, algumas palavras cujo significado, para mim, meio colono meio urbano, difícil de entender. Não havia problema nisso, ele explicava o significado com alegria. O fazia reboleando pelo ar sua mão calejada com um dos dedos encolhido, fruto de um acidente de trabalho. Bahh, e volta e meia o homem se lastimava. Na motosserra, então..., era quase um Jason.

   Não era um grande fazendeiro. À medida em que os campos de pecuária foram sendo substituídos pela soja, João dizia: - Meu campo e meu gado me dão de viver. É isso que eu gosto e assim vou seguir. Resistiu com a pecuária até onde pode e logo a doença o obrigou a tomar caminho distinto.

   Um baita contador de causos de pescarias, de caçadas (quando caça foi proibida, obedeceu a lei), conhecia os rios, os poços, os pesqueiros da região dos rios Toropi, Jaguari e tantos outros. Muitos destes causos contados no acampamento do seu Olinto, junto com o seu João, Ica, Feliciano e outros. Que bons tempos!

   Eu acho que um dos maiores desafios de sua vida, e que sirva de exemplo para os ficam, foi vencer o álcool. Em radical decisão, deixou do álcool que atrapalhava seu dia-a-dia. Tenho certeza, foi forte como poucos. Sobre isso, poderia escrever mais uma meia dúzia de páginas. Paradoxal.

   E tem mais... quando iniciei, falei que ele era um gentleman. Nunca vi João ser desrespeitoso com quem quer que fosse. Era rude em algumas coisas, mas jamais machista, homofóbico ou outras destas desgraças que vemos e ouvimos nos dias atuais. Não raro, vestido com suas bombachas, suas “chancretas” e camisa polo, era visto carregando flores que eram entregues a sua amada Suzana. O fazia com gentilezas e trejeitos que lhe eram próprios.

   Foi criado no campo e toda sua formação dali era oriunda, mas não perdia um Big Brother. Acompanhava e xingava os participantes. Por isso, digo, paradoxal. Se alguém perguntasse porque acompanhava o programa, respondia: “porque eu gosto, pronto”. O cara que caçava capivara, pescava traíra, jundiá, se enfiava em banhados e outras coisas, gostava do Big Brother.

   Já mais recentemente, adotou um esporte, bocha na grama. Praticava no CTG e até foi competir em outros pagos arenosos do litoral gaúcho. Talvez, tenha sido uma importante válvula para aliviar e mitigar as dores que sentia e sabia que o espreitariam logo ali na frente.

   Um último registro: João cultivava amigos, tinha amigos de fé. Conheci alguns. Mas tinha um em especial, sem dúvidas. Nos últimos anos, em todas as vezes que nos encontramos, mencionava o Gervásio, como seu amigo-irmão. E amigos na vida, os de verdade, são poucos. João sabia cuidar disso.

   Enfim, João Alberto, escrever e registrar as boas memórias que tenho de você é uma forma de dizer o quanto eu gostava de ti e te admirava. Descanse em paz.



10/06/2022

GRUTA NOSSA SENHORA DE LOURDES - HOSPITAL TUPANCIRETÃ

 

Antonio dos Santos
 Construtor
 Gruta de Nossa Senhora de Lourdes

Nossa Senhora em Lourdes e sua devoção começaram no dia 11 de fevereiro de 1858, na pequena vila de Lourdes, França. Nesse dia, três amigas foram buscar lenha na mata que ficava perto da vila: Bernadete Soubirus de 14 anos, sua irmã Marie Toinette de 11 anos e a amiga Jeane Abadie, de 12 anos.


  História de Nossa Senhora em Lourdes
A caminho do rio Gave, passaram por uma gruta. Ali, Bernadete ouviu a voz de uma mulher chamando-a carinhosamente. A voz vinha de dentro da gruta. Curiosa e obediente, Bernadette entrou e viu a figura de uma jovem senhora vestida de branco, com uma faixa azul na cintura e um rosário de contas de pérolas em sua mão.
As duas começaram a rezar juntas, e pouco depois, Maria desapareceu. Por um período de cinco meses, Nossa Senhora de Lourdes apareceu para as três meninas, sempre marcando o dia e a hora que iria aparecer para elas.

09/06/2022

"ESTÂNCIA VELHA" A HISTÓRIA E A ATUALIDADE

O primeiro proprietário da ESTÂNCIA VELHA foi Alexandre Jacinto da Silva. Uma gleba, situada entre os rio Ijuizinho e Ijuí Mirim, foi vendida por Carlos Cristiano Rill ao Cel. José Carlos de Moraes. Esse a rebatizou de ESTÂNCIA SÃO CARLOS. A ESTÂNCIA SÃO CARLOS foi vendida pelos descendentes a Antero Mariense de Campos, com exceção do Serrito, vendido pelo herdeiro Régulo a Lourenço L. M. Gomes. Duas descendentes deste, tornando-se freiras, doaram as suas terras para a Igreja, que as revendeu ao mencionado Antero Campos, que organizou ali a sua ESTÂNCIA GRANDE no local da São Carlos

Imagem mostra um grupo de combatentes em posição de combate em frente a "estancia" 

A Estância teve passagens em combates de revoluções do passado nos anos 20 e 30 do séculos passado 
No canto esquerdo da gaveta deste móvel você pode notar que tem uma marca de munição de fuzil que ultrapassou  a parte externa da casa.



Estancia São Carlos em 2022 segue com a família  Melo Matos
Cassiano de Melo Matos



06/06/2022

TESTEMUNHOS SOBRE FATOS HISTÓRICOS DE TUPANCIRETÃ


 

Dona Alba relatando sobre o trabalho feito à cavalo pelo Padre 

Dona Alba e a construção da casa do Padre e da Igreja Católica de Tupanciretã




Historia da Igrejinha Batu e a emancipação