O atual município de Tupanciretã até a década de 20 do século passado pertencia a 3 municípios ou seja Julio de Castilhos, Cruz Alta e Santo Ângelo e em 1928 (1928-2010 82 anos de emancipação) se tornou independente deixando ligações fortes e um belo registro de lideranças determinadas como se le nos registros históricos culturais e econômicos, a consideração de vila foi dada em 1984 quando foi finalizada o 1 (primeira) malha ferroviária e o 1 (primeiro loteamento) feito pelo Mj. Antonio da Silveira - o fundador desta cidade - para relembrar vamos voltar ao passado com algumas fotos digitalizadas de familias, internet e com o próprio museu Dr. Hélio F. Fernandes.
Reduções Jesuíticas - Mapa paraguai - Luiz Ernot, S.J. no ano 1631 -1632
Lenda retrada por Tasso Preste nos anos 90, este foi o seu penúltimo trabalho e este original encontra-se exposto na sede do Poder Executivo em Tupanciretã.
A Capela que aparece no lado direito representa a antiga Capelinha do Batú - interior, próximo a divisa Tupanciretã x Cruz Alta na altura do km 22, hoje está destruída e ainda não tem resgate e tão menos tombamento histórico.
Esta arte foi retratada nos anos 60 em uma revista
Nos anos 70 a Capela ainda estava em pé, como mostra esta foto registrada pela familia Gomes. Acervo Juliana Gomes.
Este meio de transporte com trajeto Santa Maria, Tupanciretã, Cruz Alta era de grande valor e de certa forma um pouco estilo Faroeste, parte desta antiga estrada dos federalista ainda existe num trecho compreendido entre as comunidades do Abacatu e Caneleira, passando pelo município de Julio de Castilhos até a cidade de São Martinho da Serra e depois a Santa Maria.
Mapa do 1 Loteamento em 1894 preparado e distribuído aos andantes pós guerra que não tinham - nem era nem bera - obra do casal Antonio Silveira e Dona Constança
A era das carretas teve bons e distantes trajetos com destaque a sede do Vilarejo em virtude da via férrea construída em 1894 e servia de entreposto para levar e trazer cargas de sal, farinha, outros alimentos e até mesmo querosene em lata.
De 1900 a 1930 o Charque foi um dos grandes negócios rurais no Rio Grande do Sul e em Tupanciretã.Tanto que o Cel. Pedro Luiz da Rocha Osório aqui também teve um charqueada.
Na Charqueada surgiu um bloco de carnaval com o nome de Os Marroeiros que muito sucesso fizeram por alguns anos e o interessante é que não tinha mulher no bloco e sim homens que se vestiam de mulheres e tem mais não bebiam durante os festejos, juntavam os presentes e só festavam após o carnaval.
Cel. Marcial G. Terra, foi além de um produtor rural dedicado a pecuária de corte, foi um bom negociante sendo o maior vendedor de bovinos para as charqueadas, logo depois se tornou comprador pois ficou dono de charqueada, também foi Deputado e um grande apoiador ao desenvolvimento de Tupanciretã.
Charqueada Marcial Terra, hoje AGROPAN, nesta região da cidade tivemos a 1 estação férrea.
O Charque foi o primeiro grande negócio comercial, tanto que a Intendência de Julio de Castilhos foi contra a emancipação em 1928 em virtude da boa soma de impostos gerados no vilarejo. Já nos anos 30 surge o advindo do resfriamento da carne e uma comercialização mais rápida inclusive para o exterior e neste sentido surge o Frigorífico de Tupanciretã com a marca Serrana - Cooperativa Rural Serrana Ltda.
Uma pujança, negócios, mercado exterior, investimento local e muitos empregos superou a marca dos 1.000 empregos diretos entre as pessoas que fizeram crescer a atividade destaco o cidadão empreendedor Severo Correa de Barros, responsável pelo melhor período vivido pela Serrana.
Ao centro Severo Correa de Barros
Este prédio foi motivo de muita discussão, sua construção foi após a gestão Severo C Barros para servir como sede administrativas dos negócios da serrana, para época moderno, com sistema de ar central, elevador do térreo para o outro piso, em anexo tinha a barraca de lãs e peles. Hoje pertence o Município e abriga uma escola municipal de ensino médio e leva o nome de um Ex-Prefeito Flory D. Kruel neste mesmo prédio está sediado o Museu Municipal.
1ª LOTAÇÃO TUPÃ IRMÃOS FENNER TINOCO E HOMERO FENNER 1950
A réplica deste primeiro veiculo de transporte urbano está no Museu do CTG Tapera Velha.
O Galpão de madeira ao fundo é o que restava da Charqueada Marcial Terra e foi sede do inicio da Cooperativa Agropan, sendo o primeiro presidente o produtor rural Capitão Eduardo Ribeiro Bonumá, cooperativa que apoiou e trabalhou junto com o produtor rural impulsionando a produção de grão com destaque ao trigo e mais tarde com a soja - o carro chefe da economia de Tupanciretã.
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