Parabenizo Fabiel Spani Vendramin, Diogo Franco Vieira de Oliveira, João Medeiros e Talita Romero Franco (Professora Titular de Cirurgia Plástica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) da UFRJ) pelo trabalho e a dedicação científica do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho – UFRJ em especial pelo desenvolvimento e a concretização de termos um curativo natural produzido pelo nosso próprio corpo através do sangue, acredito que vai ajudar muitas pessoas homens e mulheres que sofrem de úlcera varicosa aonde as feridas demoram para cicatrizar principalmente no verão.
Vejam como desenvolveram este projeto que vai reduzir a dor e o desconforto das pessoas.
INTRODUÇÃO:
O Plasma Rico em Plaquetas (PRP) é um produto que promove um forte estímulo para a cicatrização. Foram identificados pelo menos sete diferentes fatores de crescimento secretados ativamente pelas plaquetas e que atuam na fase inicial da cicatrização. São eles: 3 isômeros do fator de crescimento plaquetário (PDGF) – PDGFαα, PDGFββ e PDGFαβ – 2 fatores de crescimento transformadores (TGF) – TGFβ1 e TGFβ2 – o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e o fator de crescimento epitelial (EGF). Os TGF ativam os fibroblastos para formação de protocolágeno, que resulta na deposição de colágeno e cicatrização da ferida. Os PDGF, associados ou não com os TGF, aumentam a vascularização tissular, promovem a proliferação de fibroblastos, aumentam a quantidade de colágeno, estimulam produção de tecido de granulação e melhoram a osteogênese. O VEGF estimula a angiogênese, a mitogênese e a permeabilidade vascular e o EGF induz o crescimento de tecido epitelial e promove também a angiogênese. Estas substâncias tornam a cicatrização mais rápida e eficiente, favorecendo a integração de enxertos, sejam eles ósseos, cutâneos, cartilaginosos ou de células de gordura.
METODOLOGIA
Foi realizado um estudo prospectivo dos resultados obtidos com a utilização do gel de PRP no tratamento de feridas nos membros inferiores (MMII) de pacientes diabéticos. Foi utilizado o gel de PRP no tratamento de 12 feridas, sendo o dia primeiro curativo considerado também o primeiro dia de avaliação da ferida, fazendo-se fotografias digitais para mensuração da área da ferida através do programa Scion Image. Um segundo curativo com gel de PRP era feito no 15º. dia. Ambos os curativos permaneciam por 5 dias. Uma segunda avaliação, idêntica à do primeiro dia, era feita no 30º. dia e então procedeu-se à comparação entre as áreas da ferida no início e no final do tratamento com o objetivo de avaliar a diminuição da ferida. Entre o primeiro e o segundo curativo com PRP e entre o segundo curativo e o 30º.dia, o paciente realizava curativos diários com pomada enzimática (Kollagenase). Um outro grupo com 10 pacientes, também diabéticos e com feridas nos MMII, tratados apenas com curativos diários com a mesma pomada enzimática, e avaliados da mesma forma que o grupo anterior, serviram de controle para o estudo.
Observou-se uma redução em média de 42,26% da área da ferida no grupo tratado com PRP. Por outro lado, o grupo tratado apenas com pomada enzimática apresentou um aumento em média de 23,47% da área da ferida. Além de uma diminuição mais rápida no tamanho da ferida, também é evidente o desenvolvimento de um tecido de granulação de melhor qualidade, e com uma vascularização mais intensa, no grupo tratado com gel de PRP.
CONCLUSÃO
Concluímos que o gel de PRP auxilia no processo de cicatrização, sendo importante principalmente no tratamento de feridas em pacientes diabéticos ou com problemas circulatórios, com o objetivo de reduzir a ferida e melhorar o seu leito para que possa ter um resultado mais satisfatório quando precisar ser tratada com autoenxertia de pele.
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho – UFRJ
Dr.:Fabiel Spani Vendramin