A Família Licht Para confraternizar e
comemorar os 184 anos de chegada da família ao Brasil, acontecerá um almoço,
dia 21 de abril de 2012 na sede da Sociedade Recreativa Saca Rolhas de
Tupanciretã - RS
É um encontro estadual,
no entanto são esperados e benvindos visitantes de qualquer lugar do país e do
mundo com destaque a Alemanha
A FAMÍLIA LICHT chegou
ao Brasil, no Rio de Janeiro, em 1828, a bordo da fragata Olbers, com 874
passageiros, entre eles a família de imigrantes alemães, hoje com inúmeros
descendentes residindo em Tupanciretã.
Um dos nomes com destaque em Tupanciretã foi Felipe Amancio Licht filho de Joann Peter Conrad Licht, nasceu em Santa Maria no dia 08/04/1855 foi casado com Candida Carpes Niederauer e teve 8 filhos; Florestan, Arcelina, Arcênio, Felipe, Arlinda, ALcina, João e Alice. Foi um dos primeiros que recebeu lote doado pelo Major Antonio José da Silveira quando do inicio do vilamento em 1894, foi o 1º Serralheiro e tambem fundador do Clube Recreativo Literário em 18/12/1903. Felipe tem uma Rua que leva o seu nome e fica divisa com o primeiro loteamento desta cidade em que ele próprio teve um terreno.
A chegada dos Licht ao Brasil
Em 17 de dezembro de 1828, a fragata Olbers aportou no Rio de
Janeiro, com 874 passageiros. Entre eles encontrava-se uma família de
imigrantes alemães, originária dos vilarejos de Dusemond e Mülheim no vale do rio Mosel, composta
por Carl Phillip Licht, sua esposa Anna Maria Bottler e os
filhos Johann Peter Nicolau,Johann Peter Conrad e Johanna Franziska.
Desses dois filhos homens, descendem cerca de 800 pessoas morando
principalmente no Rio Grande do Sul, mas também em Santa Catarina, Paraná,
Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Assim, desde Mathias Licht, nosso ancestral
mais antigo, nascido em 1597 no vilarejo de Mülheim an der Mosel, já contamos com 13
gerações ao longo de 410 anos.
Genearca do ramo Licht de Santa Maria e cidades vizinhas como Rosário do Sul,
Tupanciretã e Santo Ângelo foi JOHANN PETER
CONRAD LICHT,
Cabo do Batalhão de Fuzileiros do Exército Imperial Brasileiro.
Logo na chegada da Família Licht ao Rio de Janeiro,
que ocorreu em 17 de Dezembro de 1828, o primogênito Johann Peter Conrad, já
estava por lá, chegado havia pouco de Portugal e Açores, compondo o recém
denominado Batalhão de Fuzileiros. O estado de espírito da população da Corte
com relação aos mercenários estrangeiros era ainda de comoção em virtude dos
acontecimentos de junho de 1828 com os sangrentos combates em plena área urbana
na tentativa de sufocar o motim desses estrangeiros. No dia 16 de Dezembro de
1828, a véspera da chegada do Olbers com sua carga de 874 imigrantes alemães, colonos e
mercenários, havia sido fuzilado em São Cristovão, o soldado August Von Steinhausen do 2º Batalhão de
Granadeiros, o “bode expiatório” dos acontecimentos.
Na primeira oportunidade ele deve ter se desligado do
Batalhão de Fuzileiros e optado por ser colono na Província do Rio Grande do
Sul. Assim, foi ele o JOÃO
PEDRO CONRADLICHT, registrado
pelo Dr. Johann Daniel Hillebrand, que acompanhou os
pais CARL PHILLIP LICHT e ANNA MARIA e a irmã JOANNA FRANCISCA, no bergantim “Dez de Maio” que zarpou do Rio de Janeiro em março de
1829, em direção à Colônia de São Leopoldo. E foi em 10 de Maio de 1829, que
apenas ele e a irmã aportaram em Porto Alegre e embarcaram para a Colônia Alemã
de São Leopoldo.
O fato é que com o falecimento dos pais durante a viagem
e poucos semanas depois, da irmã em São Leopoldo, ele retornou ao Rio de
Janeiro e re-incorporou no que restava do
Batalhão de Fuzileiros, sendo citado como componente dessa unidade militar:
"Em 12 de agosto de 1829, o Batalhão de Fuzileiros
estava no Rio de Janeiro."
(...)
"LICHT, João Pedro
Conrado
Cabo Btl Fuz"
Lemos, J.S.
Os mercenários do Imperador
Ed. Palmarinca,
1993.
Ainda não foi possível traçar precisamente os seus
passos desde a chegada a Porto Alegre e São Leopoldo em 10 de Maio de 1829 e
seu retorno ao Rio de Janeiro onde se encontrava já em 12 de agosto de 1829. Em
20 de agosto, a nau Dom Pedro I zarpou para o Rio Grande do Sul com todo o 28º
BC a bordo. Com o Tratado de Paz assinado em 27 de agosto de 1828, com as
Repúblicas Unidas do Prata a necessidade de um forte exército reforçado com
mercenários estrangeiros já havia desaparecido. JOÃO PEDRO CONRADO LICHT pode ter permanecido no Rio de Janeiro até a
dissolução definitiva do Batalhão de Fuzileiros, nos primeiros dias de 1831,
mas é mais provável que tenha retornado ao Rio Grande do Sul como Cabo
incorporado ao 28º Batalhão de Caçadores.
(...) os 300 homens que restavam do
28º Batalhão foram enviados para o sul. Desembarcados em Florianópolis,
seguiram por terra até Laguna, onde agregaram negras e mulatas às vivandeiras
oficiais e com elas chegaram a Torrews esfomeados, sob trovoadas e chuvas,
desfraldando bandeiras ao toque de música, sem comida mas abastecidos de
álcool. De Torres, vieram dar em Porto Alegre, onde cometeram violências e
atacaram, aos grupos, casas e tabernas. Impossível mantê-los na Capital, foram
mandados para Rio Pardo e daí para Santa Maria, onde a tropa foi seccionada.
Parte ficou em Santa Maria, parte foi remetida para Rio Pardo e outros para
Porto Alegre, onde em 23 de outubro de 1830 participaram das comemorações do
natalício do Imperador.
Flores, H.A.H..
Alemães na Guerra dos Farrapos.
Porto Alegre. EDIPURS. Coleção
História 6. 1995.
Uma grande quantidade de soldados mercenários alemães,
em suas campanhas pelo território brasileiro, teve contato com as pequenas
povoações e vilarejos, permanecendo nelas por algum tempo, eventualmente
criando vínculos com os habitantes ou mesmo fixando residência e constituindo
família. Quando esses grupamentos foram disolvidos, muitos soldados fixaram residência nessas localidades,
integrando-se às populações locais. Isso não foi diferente na Província de São
Pedro do Rio Grande do Sul, pois os mercenários alemães constituíam numeroso
contingente do Exército Imperial na defesa do território brasileiro,
participando ativamente de diversos embates contra os exércitos argentino e
uruguaio na Campanha da Cisplatina.
No Acampamento de Demarcação de Fronteiras,
posteriormente elevado à condição de vila de Santa Maria da Bocca do Monte o panorama
não foi diferente. Muitos soldados e colonos alemães ali se fixaram, casando
com descendentes de portugueses, ou mesmo de outros imigrantes alemães,
constituindo família, estabelecendo-se e exercendo atividades econômicas,
principalmente comerciais. Sobre esse tema, Belém (1933) apresenta muitos
exemplos esclarecedores cujos excertos são transcritos a seguir:
Santa Maria, porém, teve a sorte de
receber em seu seio sòmente o “elemento são e de boa vontade” o qual concorreu,
extraordinariamente, para a sua grandeza moral e material.
Pelo ano de 1828 esteve acantonado na
povoação o 28º Batalhão de Alemães, sendo o primeiro contato que teve o povo santamariaense
com o elemento germânico.
Esse acontecimento ficou registrado em
Santa Maria pelo casamento do soldado Felipe Valmarath,
daquela corporação, com Leonor Dolly, constando o assentamento no livro
competente da Capela. Nos documentos apresentados pelo dito soldado para
celebração do ato matrimonial consta a licença do comandante do 28º Batalhão
Coronel Alexandre Max Greger.
Em 1831 tendo sido dissolvidas as
tropas alemãs que estavam a serviço do Brasil, foram poucos que regressaram ao
país natal. Mesmo antes da dissolução geral, os que davam baixa, por conclusão
de tempo, na nova patria permaneciam.
É assim que Boaventura Dauzacker e
João Leopoldo Bilo, soldados que foram do 28º Batalhão, dando baixa do serviço
do exercito em 1829, ficariam na povoação.
(...)
1828. Chegou nesse ano a Santa Maria o
28º Batalhão de Estrangeiros, composto por soldados alemães. Era seu comandante
o coronel Alexandre Max Greger, e medico do corpo o Dr. Frederico Christiano Manoel Kuffender.
(...)
1829 - O primeiro registro de um
casamento de alemães acontece em 18 de Janeiro de 1829 – Felippe Valmarath,
soldado do 28º Batalhão de Estrangeiros, com Leonor Dolly, viúva de
nacionalidade ingleza.
(...)
Em 1830, João Appel
chegou à povoação de Santa Maria e estabeleceu-se com oficina de alfaiate. Fôra
também do 28º Batalhão de Alemães. Esta corporação militar, sabe-se ter sido
dissolvida no Rio de Janeiro em 1830. É lógico supor que João Appel,
tendo estado em Santa Maria quando ahí acantonou o dito batalhão, tivesse
feito boas relações com as pessoas do lugar, vindo nele domiciliar-se logo que
foi dispensado do serviço do exercito brasileiro.
(...)
1831 - Havia na povoação três médicos:
Inacio
Rodrigues dos Santos, Frederico Christiano Manoel Kuffender,
cirurgião do 28º Batalhão de Estrangeiros e Eugenio Mahler,
cirurgião mór do
Batalhão nº 1.
Belém, J.
História do Município de Santa Maria.
1797 – 1933.
Porto Alegre : Livraria Selbach.
1933
Fontes: www.familialicht.com.br , Livro: Nossas Ruas Nossa História - Câmara Vereadores de Tupanciretã
Em Dourados existe e conheço a familia Lich Martins, deve ser parentes.
ResponderExcluirpesquiso a familia Dauzacker, se tiver algumas informações desde ja agradeço.
Quanto ao trabalho, é maravilhoso ver que alguem se interessa pela história de familia. um abraço
Asturio Dauzacker
asturiodauzacker@hotmail.com