Os estados e os municípios brasileiros têm até agosto de 2012
para entregar ao Ministério do Meio Ambiente um plano que dê destino correto ao
lixo sólido. O objetivo dessa exigência é acabar com os lixões no nosso país.
Nessa semana, o Jornal Nacional teve acesso com exclusividade a um estudo que
mostra como o lixo é descartado atualmente no Brasil.
Economia crescendo,
brasileiro comprando mais e produzindo mais lixo: esse ciclo levou à geração de
quase 62 milhões de toneladas de lixo em 2011, 1,8% a mais do que em 2010.
Em média, cada
brasileiro produziu um quilo e 223 gramas de lixo por dia em 2011. De todo o
lixo produzido, 10% não foram coletados; 6,4 milhões de toneladas.
As informações foram
levantadas com os municípios pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza
Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
O relatório mostra que quase 42% do lixo
coletado não tem destinação adequada. Praticamente o mesmo percentual de 2010.
Esse lixo vai parar em lixões ou aterros controlados.
“Não tem praticamente nenhuma diferença do lixão. Lixão é a pior
forma de destinação, em que o lixo é abandonado sobre um terreno sem nenhum
cuidado. O aterro controlado tem algum cuidado só para dar uma disfarçada”, diz
Carlos Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe.
As regiões Sudeste e Nordeste são as que
mais produzem lixo no Brasil. O Sudeste é o que dá melhor destinação aos
resíduos. O Centro-Oeste, a pior destinação.
“Se compararmos os
dados hoje disponibilizados no Brasil com a realidade de outros países, de
outras cidades, mesmo que do mesmo porte, percebemos que o Brasil está bem
distante de investir os volumes de recursos adequados ou necessários para
avançar nessa questão”, avalia Carlos Silva Filho.
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