03/10/2015

AZEITE DE OLIVA E OS BENEFICIOS PARA SAÚDE


Dentre os óleos vegetais comestíveis comercializados mundialmente, o principal representante é o azeite de oliva (Olea europaea salitava L.). Produzido a partir da prensagem de azeitonas mediante processos de extração e depuração, é um dos mais importantes e antigos do mundo, emprestando aos alimentos aroma e sabor inconfundíveis.

Existem vários tipos de azeites de oliva, cada qual com características próprias, que variam de acordo com país produtor, tipo de colheita, seleção e modo de produção. Alguns são feitos com azeitonas ainda verdes, o que lhes atribui um sabor mais ácido; outros produzidos com olivas maduras e apresentam um sabor mais doce, macio ou frutado.

O azeite é um óleo extraído a frio – e, portanto, mais saudável e nutritivo do que os óleos refinados usados em larga escala na culinária brasileira. É, além disso, a única gordura vegetal que pode ser consumida diretamente, virgem e crua. O azeite de oliva corresponde a 3% do consumo mundial de óleos vegetais e é um alimento considerado rico em Polifenóis, que reduzem a formação de radicais livres.

Resultados e discussão
O azeite de oliva pode ser classificado em dois tipos: virgem e extravirgem. A diferença entre eles está no teor de acidez. Podem ser classificados pelo modo de obtenção (extração mecânica ou extração por solvente) e pelo fato de sofrerem refinação e mistura.

Bioquimicamente, a diferença entre eles está no teor de acidez. A acidez indica a qualidade das azeitonas usadas na fabricação do azeite. O extravirgem deve ter acidez máxima de 0,8% e não pode ser misturado a nenhum outro tipo de óleo. Já o virgem deve ter acidez máxima de 2% e é resultado de “blend” entre dois bons azeites.

O mais importante é saber o que diferencia um tipo de azeite do outro e como escolher o mais adequado para cada ocasião de uso ou de paladar.

O extravirgem é recomendado para consumo cru, como por exemplo em saladas, por causa do sabor. O virgem, apesar dos mesmos benefícios, tem o sabor menos apurado e pode ser usado para cozinhar, além de ser mais barato. Apesar de fazer bem para a saúde, o azeite não apresenta quantidades importantes de ômega-3, como o óleo de canola e o de soja, que apresentam teores mais elevados. A gordura do azeite suporta temperatura muito alta, mas suas propriedades benéficas são preservadas apenas até 180 °C. Pode ser usado para refogar, assar, cozinhar, mas não para fritar alimentos, pois, se submetido a temperaturas muito elevadas por período prolongado, ele perde os antioxidantes e os aromas diferenciados.

O azeite é um alimento que apresenta vários benefícios para a saúde. É rico em antioxidantes e pode funcionar como antirrugas, hidratante e calmante; é fonte de vitaminas E, A e K, ferro cálcio, magnésio, potássio e aminoácido, beneficiando a pele, os olhos, os ossos, a saúde células e a função imunológica. O azeite de oliva é altamente digestivo e considerado a gordura mais bem tolerada pelo nosso organismo, além de regular a função intestinal, proteger a mucosa do estômago, produzir um efeito de regeneração da pele e estimular o crescimento.

O fato de favorecer a absorção de cálcio ajuda a evitar a osteoporose, contribui para prevenção e/ou redução dos sintomas da artrite e do reumatismo e ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares, fortalecendo o sistema imunológico. O consumo do azeite ainda é responsável por uma elevada absorção de vitaminas, particularmente da vitamina E, proporcionar um envelhecimento saudável e proteger contra o declínio de funções cognitivas relativas à idade e à doença de Alzheimer.

Na primeira infância, ao passar da alimentação exclusivamente láctea para a alimentação diversificada, a criança necessita de uma adequada absorção de ácidos gordos essenciais, para que não ocorram carências que determinariam atraso no crescimento e outras alterações. O azeite proporciona uma quantidade de ácidos gordos semelhante à parte gorda do leite materno e, por meio do seu principal constituinte – ácido oleico – exerce uma ação benéfica no crescimento, na calcificação e no desenvolvimento dos ossos.

Uma pesquisa da Universidade de Bordeaux, na França, comprovou: usar regularmente o azeite no cardápio reduz em 41% o risco de derrames, controla o colesterol, ajuda a aumentar HDL, a baixar LDL, a manter a pressão e evita problemas cardiovasculares e diabetes. O ideal é usar, no máximo, duas colheres de sopa por dia – cada uma tem 90 calorias.

Recomendo o uso do azeite aos meus pacientes, de forma moderada, para temperar saladas e cozinhar suas refeições.

Fonte:
http://www.miguelvieiranutricao.com.br/

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